segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016

DESEMPREGO: TRABALHADORES DA EBAL/CESTA DO POVO ESTÃO SENDO “METRALHADOS” PELO GOVERNADOR RUI COSTA.




 ABTEC - NOTAS RÁPIDAS - Nº07

TRÁ TRÁ TRÁ: TRABALHADORES DA EBAL/CESTA DO POVO ESTÃO SENDO “METRALHADOS” PELO GOVERNADOR RUI COSTA.

NOTA PÚBLICA

Na vontade exacerbada de extinguir ou leiloar a EBAL, o Governo do Estado da Bahia, entre os meses de Janeiro e Fevereiro, dispensou cerca de 300 pais e mães de família sem negociação e diálogo, das 50 lojas fechadas e do setor administrativo, tanto na capital quanto no interior do estado. Com promessa de novas demissões no mês de Abril.

A Empresa Baiana de Alimentos S/A é companhia fechada e sociedade de economia mista integrante da estrutura da Administração Pública Indireta do ESTADO, com objeto voltado à execução de projetos e atividades relativas ao abastecimento, armazenagem, processamento e comercialização de alimentos, produtos essenciais, medicamentos e prestação de serviços de intermediação e congêneres em âmbito estadual, estando atualmente sediada na Av. Graça Lessa, nº888, Vale do Ogunjá, Salvador-Ba e, presente, através da marca Cesta do Povo, em 211 municípios baianos, comercializando mais de 2.500 itens, representando a maior rede de abastecimento alimentar da Bahia, com 253 lojas (41 na capital Salvador e Região Metropolitana).

De acordo com o Departamento Intersindical de Estatística e Estudo Socioeconômicos (DIEESE), o aumento dos produtos da cesta básica no mês de Janeiro é HISTÓRICO. O que vem deixando pais e mães de famílias preocupadas pelo fato da subida dos preços dos itens da cesta básica que compõem produtos de extrema importância, sendo difícil a sua substituição.

Muitas são as manifestações de repúdio à tentativa de privatização ou extinção da EBAL/Cesta do Povo, ou mesmo de desvirtuação do seu papel histórico como regulador de preços, mercado, salários e fomento das economias locais nos 212 municípios onde atua. O assédio voraz das grandes redes multinacionais de Supermercados em aniquilá-la e as atitudes do Governo do Estado da Bahia, tem dado margem para diversas interpretações quanto ao papel da Ebal hoje.

No dia 04 de Novembro de 2015 foi realizada audiência pública nas instalações do Ministério Público do Trabalho, com o objetivo de discutir a garantia do emprego dos trabalhadores. Pelo procurador do Estado foi dito que não haveria qualquer perspectiva de realização de demissões. No entanto, já temos aproximadamente 300 pais e mães de famílias dispensados pela Ebal/Cesta do Povo, contrariando o que foi dito pelo procurador do Estado da Bahia.

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE) o desemprego no Brasil já alcançou o patamar de 7,6%, a maior taxa desde 2009, consequência direta da pior recessão da história contemporânea; Isso implica em mais de 9 milhões de pessoas desempregadas no Brasil. O pior do desemprego é o fato de que os especialistas prevêem ainda mais dificuldades no mercado de trabalho neste ano. A previsão dos economistas é que a taxa de desemprego vai continuar subindo e, até o fim de 2016, deve chegar a 13%.


Os trabalhadores da Ebal/Cesta do Povo não entendem como o Governador Rui Costa ainda tem a coragem de “metralhar” pais e mães de famílias num momento tão critico da nossa economia, engrossando a triste taxa de desemprego no País. 


A Ebal/Cesta do Povo hoje tem 871 cargos comissionados, muitos com salários altíssimos, culpa do próprio Governo do Estado que fez da Ebal um verdadeiro campo de emprego eleitoral. Agora, resolve “exterminar” postos de trabalhos ocupados por trabalhadores há décadas, sem apresentar nenhuma alternativa ou plano de realocação, principalmente dos empregados concursados. Muitos funcionários têm idade avançada, problemas de saúde e nenhuma perspectiva de nova recolocação no mercado. 




E a pergunta que não quer calar é: como essas famílias vão sobreviver?