ABTEC - NOTAS RÁPIDAS - Nº07
TRÁ TRÁ TRÁ: TRABALHADORES DA
EBAL/CESTA DO POVO ESTÃO SENDO “METRALHADOS” PELO GOVERNADOR RUI COSTA.
NOTA PÚBLICA
Na vontade exacerbada de extinguir ou
leiloar a EBAL, o Governo do Estado da Bahia, entre os meses de Janeiro e Fevereiro,
dispensou cerca de 300 pais e mães de família sem negociação e diálogo, das 50
lojas fechadas e do setor administrativo, tanto na capital quanto no interior
do estado. Com promessa de novas demissões no mês de Abril.
A Empresa Baiana de Alimentos S/A é
companhia fechada e sociedade de economia mista integrante da estrutura da
Administração Pública Indireta do ESTADO,
com objeto voltado à execução de projetos e atividades relativas ao
abastecimento, armazenagem, processamento e comercialização de alimentos,
produtos essenciais, medicamentos e prestação de serviços de intermediação e
congêneres em âmbito estadual, estando atualmente sediada na Av. Graça Lessa,
nº888, Vale do Ogunjá, Salvador-Ba e, presente, através da marca Cesta do Povo, em 211 municípios
baianos, comercializando mais de 2.500 itens,
representando a maior rede de abastecimento alimentar da Bahia, com 253
lojas (41 na capital Salvador e
Região Metropolitana).
De acordo com o Departamento
Intersindical de Estatística e Estudo Socioeconômicos (DIEESE), o aumento dos
produtos da cesta básica no mês de Janeiro é HISTÓRICO. O que vem deixando pais e mães de famílias preocupadas
pelo fato da subida dos preços dos itens da cesta básica que compõem produtos de extrema
importância, sendo difícil a sua substituição.
Muitas são as
manifestações de repúdio à tentativa de privatização ou extinção da EBAL/Cesta
do Povo, ou mesmo de desvirtuação do seu papel histórico como regulador de
preços, mercado, salários e fomento das economias locais nos 212 municípios onde
atua. O assédio voraz das grandes redes multinacionais de Supermercados em
aniquilá-la e as atitudes do Governo do Estado da Bahia, tem dado margem para
diversas interpretações quanto ao papel da Ebal hoje.
No dia 04 de Novembro de 2015 foi realizada
audiência pública nas instalações do Ministério Público do Trabalho, com o objetivo
de discutir a garantia do emprego dos trabalhadores. Pelo procurador do Estado foi
dito que não haveria qualquer perspectiva de realização de demissões. No
entanto, já temos aproximadamente 300 pais e mães de famílias dispensados pela
Ebal/Cesta do Povo, contrariando o que foi dito pelo procurador do Estado da
Bahia.
Segundo o Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatísticas (IBGE) o desemprego no Brasil já alcançou o patamar de
7,6%, a maior taxa desde 2009, consequência
direta da pior recessão da história contemporânea; Isso implica em mais de 9
milhões de pessoas desempregadas no Brasil. O pior do desemprego é o fato de
que os especialistas prevêem ainda mais dificuldades no mercado de trabalho
neste ano. A previsão dos economistas é que a taxa de desemprego vai continuar
subindo e, até o fim de 2016, deve chegar a 13%.
Os
trabalhadores da Ebal/Cesta do Povo não entendem como o Governador Rui Costa
ainda tem a coragem de “metralhar” pais e mães de famílias num momento tão
critico da nossa economia, engrossando a triste taxa de desemprego no
País.
A Ebal/Cesta
do Povo hoje tem 871 cargos comissionados, muitos com salários altíssimos,
culpa do próprio Governo do Estado que fez da Ebal um verdadeiro campo de
emprego eleitoral. Agora, resolve “exterminar” postos de trabalhos ocupados por
trabalhadores há décadas, sem apresentar nenhuma alternativa ou plano de
realocação, principalmente dos empregados concursados. Muitos funcionários têm idade
avançada, problemas de saúde e nenhuma perspectiva de nova recolocação no
mercado.
E a pergunta que não quer calar é: como essas famílias
vão sobreviver?